Celtic Frost foi uma banda da Suíça formada em 1984. É considerada uma das bandas pioneiras do black metal, assim como Hellhammer e Venom. Eles são conhecidos por influenciar fortemente os gêneros do metal extremo.
No ano seguinte, teve início o que, para muitos, foi a decadência do Celtic Frost. O LP deste ano, Into the Pandemonium, apresentou uma série de inovações nunca vistas no Death metal. Agora, violinos, metais, letras em francês, sonoridades de hip hop e outras virtudes bizarras juntavam-se ao peso das guitarras e à agressividade da seção rítmica. O Celtic Frost provava ser corajoso o suficiente para experimentar, mas os fãs (ao contrário da crítica) começou a chamá-los de decadentes e traidores.
Mas foi em 1988 que a situação ficou crítica. Ain deixou o conjunto e foram adicionados a ele Oliver Amberg (guitarras) e Curt Victor Bryant (baixo). O agora quarteto assumiu um visual simplesmente ridículo (inspirado nas bandas glam de Los Angeles, como Poison, Mötley Crüe, Guns N` Roses e outras, que eram um fenômeno de vendas na época) e Warrior abandonou o pseudônimo e passou a assinar como Thomas Gabriel. O disco gravado sob esse panorama foi chamado Cold Lake. Dizer que esse álbum é pífio seria elogiá-lo. As canções já não têm mais nada em comum com o black metal (era, agora, um hard rock insosso), soam artificiais e descartáveis. Parecia claro que Gabriel tencionava conquistar o mercado americano, inatingido pelo Frost, e resolveu copiar os grupos que então faziam sucesso por lá - logo ele, que ficara famoso como um vanguardista. Contudo, a tentativa foi em vão, já que o álbum não foi bem nos EUA. Além disso, os antigos fãs viraram as costas ao conjunto, que outrora representara o que de mais íntegro e
xistia no underground e que, de repente, se transformou naquilo que eles mais odiavam: uma banda comercial, barata, vendida.
Com o fracasso de “Cold Lake”, Gabriel viu-se num beco sem saída. Estava claro que continuar com aquela proposta não o levaria a lugar nenhum e, se decidisse voltar aos velhos tempos, seria oportunismo demais - e o underground não tolera oportunismo. O fim foi, então, irremediável.
De qualquer forma, apesar de ter se transformado numa piada ao final de sua carreira, a banda (ou as bandas?) de Warrior, indiscutivelmente, foi responsável por uma reviravolta no heavy metal, uma das mais ousadas e vanguardistas de sua história - seja quando provou que a simplicidade podia ser imaginativa, seja quando teve a capacidade de trazer a um estilo tido como limitado as maiores inovações já sofridas por ele.
O grupo tentou inutilmente uma volta na década de 90 (tentativa nunca admitida): lançou uma coletânea com algum material inédito e apresentou-se como convidado em alguns shows. No entanto, seu tempo já passou.
Informações
Gênero: Black/Thrash/Death Metal, Hard Rock/Thrash Metal, Doom/Death/Gothic MetalAno: 1984 - 2008
País: Suíça
Discografia
- 1984 – Morbid Tales[EP] + Emperor's Return[EP]
- 1985 – To Mega Therion
- 1986 – Tragic Serenades [EP]
- 1987 – Into the Pandemonium
- 1988 – Cold Lake
- 1990 – Wine in My Hand (Third from the Sun) [EP]
- 1990 – Vanity/Nemesis
- 2006 – Monotheist
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